terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Quando te vi

Quando anoitece, contento por ver-te cada vez mais bela. Tua luz ilumina meu caminho, por mais claro que este esteja. Tão claro que me faz enxergar a distância que há entre nós; distância que foi criada por nós, pela ausência de palavras, mas que foi encurtada pela troca dos nossos olhares. Olhar que me acamou e que ao mesmo tempo tornara-me curiosa para descobrir todos os seus mistérios encobertos por palavras não ditas.

Hoje, trago você apenas em pensamento. Impossível esquecer aquele brilho não apenas no olhar, mas em todo o corpo. Mas mesmo em pensamento, meu coração pulsa mais forte quando aquele brilho me vem em mente.

A proximidade tão curta e passageira que existiu entre nós é substituída hoje pela fria distância. E só existe uma única maneira de diminuir esse espaço longo entre mim e o brilho dos teus olhos: mantenho vivo desde o primeiro momento, aquilo de tão especial que senti quando te vi pela primeira vez...





(012/2007)

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